segunda-feira, 19 de novembro de 2007

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Ultimas notícias a respeito da lei federal da posse responsavel


CCJ da Câmara rejeita proibir criação de cães perigosos

Agência CâmaraA CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania) aprovou oProjeto de Lei 2143/99, do Senado, que estipula regras para o registrode cães e a criação desses animais.

O relator na CCJ, deputado LuizCouto (PT-PB), recomendou a aprovação da proposta e a rejeição devários projetos apensados e emendas que sugeriam a proibição decriação de raças perigosas, como pit-bulls. Seu parecer foi aprovadopor unanimidade.

"Não cremos que a simples proibição de criação desta ou daquela raçade animais seja produtiva, porque é preciso regulamentar o que osdonos dos animais fazem. O cão é o espelho da maneira como é tratadopor seu dono, e os acidentes graves acontecem por ausência de adequadotratamento e vigilância", disse.

Luiz Couto apresentou, no entanto, emenda para determinar que o poderpúblico, de maneira geral, em vez do Ministério da Agricultura, baixenormas para regulamentar a criação de cães perigosos. Segundo oprojeto, quem conduzir animais em via pública de maneira a expor aspessoas a perigo estará sujeito a pena de até dois anos de prisão.

A proposta ainda depende de análise do plenário.Quarta-feira, 2 de janeiro de 2008. http://ultimainstancia.uol.com.br/noticia/45815.shtml

Pit Bulls, vítimas dos humanos

por Renata de Freitas Martins
Jurídico Associação Santuário Ecológico Rancho dos Gnomos
http://www.ranchodosgnomos.org.br/colunajur25.htm

Introdução

Grande tem sido a histeria atualmente em relação aos cães da raça Pit Bull, tendo a imprensa mostrado diversos “ataques” destes animais a humanos, e, conseqüentemente, ocasionado abandonos em série destes animais pelas ruas, bem como decisões para o extermínio e matança dos cães. Isso tem-nos levado à indagação: será que na verdade não seriam os animais vítimas dos humanos e não o contrário, como a todo tempo têm tentado colocar em voga?


Raças perigosas?

Toda essa situação remete-me a duas dezenas de anos, quando se vivia a mesma situação em relação a outra raça de cães, os Dobermans. Lembro-me que muitas eram as conjecturas em relação a um pretenso defeito genético que anunciavam no animal, o qual fazia com que ele ficasse totalmente transtornado e atacasse pessoas.

Quem sabe, depois da campanha anti-pit bull, em mais uma dezena de anos tenhamos outro cão escolhido para a campanha difamatória? Talvez o poodle toy ou o beagle ou ainda o chow chow?

Apesar de parecer ridícula a hipótese de se pensar na perseguição a cãezinhos tão “compactos e queridinhos” como os poodles toys, os beagles e os chow chows, por meio de observações comportamentais com raças de cães em atividades cotidianas, constatou-se que as citadas raças são mais “perigosas” que os tão perseguidos pit bulls.

Como comprovação, trazemos à baila os resultados das anotações feitas pela American Temperament Test Society, Inc., que focou e mediu diferentes aspectos do temperamento de cerca de 150 raças de cães, como a estabilidade, a timidez, a agressividade e a amizade, assim como o instinto do cão à proteção de seu tutor e à sua auto-preservação quando estiver com medo. Nessas observações, com base nos comportamentos naturais, comprovou-se que a raça Pit Bull é uma das com maior “aprovação” para o relacionamento com humanos e até mesmo outros animais. Apenas a título de comparação, pit bulls possuem aprovação de 83,4%, já os poodles toys 80,9%, os beagles 78,2% e os chow chows 69,3%.[1]

Importante ressaltar que, logicamente, ao fazermos a comparação entre raças, não preterimos uma à outra, mesmo porque todos são animais e devem ter os mesmos direitos, e também não tivemos a intenção que, ao comparar a potência de eventual mordedura de um ou outro animal a citação caísse na inocuidade, mas apenas e tão somente comprovamos que a probabilidade de estresse de animais considerados tranqüilos por praticamente uma unanimidade é maior do que a dos Pit Bulls, tão perseguidos hodiernamente.

Ainda sobre a injustiça da perseguição a determinada raças de cães, muito bem discorreu a médica veterinária Andrea Lambert, em entrevista publicada pelo site saude.com.br [http://www.saude.com.br/site/_/materias/materias/0043_lei_do_cao.htm]:

"Não existe nenhum estudo que comprove o comportamento agressivo que insistem em associar a estas raças. Pelo contrário: profissionais especializados em comportamento animal sempre informam que a agressividade pode se manifestar em cães independentemente da raça. A agressividade dos cães, na maioria das vezes, é estimulada pelo homem; pitbulls, rotweilers, dobermanns e filas brasileiros servem de bode expiatório para a impunidade e incompetência do poder público em lidar com a crescente relação homem/ animal em nossa sociedade.Geralmente as agressões caninas estão ligadas à falta de convivência dos animais com as pessoas e a maus tratos, como cães mantidos acorrentados, sem alimento ou espaço físico suficientes, e espancamento. É fácil culpar um ser “ irracional”, quando é o ser “ racional” quem deveria zelar pelo bem-estar dos animais que estão sob sua responsabilidade. O pitbull não é menos amoroso com seu dono que outros cães. É um cão dócil e companheiro. O problema é o dono insensível e irresponsável."
Portanto, justificar-se a perseguição aos pit bulls sob os auspícios de serem considerados cães de uma raça perigosa é totalmente falacioso, ou caso contrário, ter-se-ia que pregar o extermínio das raças “mais perigosas” também, conforme comprovado nas citadas anotações da ATTS. Totalmente incoerente e preconceituosa a assertiva em prol do extermínio de raças.

Raça pura ou mestiço?

Após as citações sobre a raça Pit bull, podemos nos confrontar com a argumentação de que, de fato, os animais de raça “pura” realmente são dóceis e que o grande problema são os pit bulls mestiços, pois possuem uma genética ruim (sic).[2]

Bem, eis que esta me parece muito mais uma argumentação daqueles que pretendem ganhar dinheiro praticando rufianismo [3] com os animais do que uma argumentação válida para a prática.

Infelizmente, diversas raças de cães foram manipuladas e criadas pelo ser humano que, em sua mania de tudo querer dominar e manipular, não o fez diferente em relação aos animais que séculos antes já havia domesticado. O Pit bull foi mais uma vítima dessa criação inútil, consistindo em uma raça preparada para a briga com outros animais, sendo no início utilizados nas brigas com touros e após nas brigas entre os próprios cães. Ou seja, a interferência humana tentando manipular o comportamento de um animal.

Entretanto, como todo e qualquer outro animal que tenha convivência pacífica com os seres humanos, os pit bulls de fato mostram-se como seres amáveis e fiéis. Talvez a única diferença que prevaleça é a necessidade do animal em ter mais atividades que algumas raças menos enérgicas, pois deseja atenção a todo instante, brincadeiras, passeios, sociabilização.

Assim, pit bulls mestiços ou não, desde que tenham o tratamento ideal e a tutela responsável, serão cães igualmente tranqüilos. E isso é facilmente percebido prestando-se atenção às situações em que cães que “atacam” estavam submetidos anteriormente. Dificilmente teremos um caso em que o cão não era mantido praticamente em um cativeiro, ou então não era treinado para atitudes violentas ou ainda que não tenha sido submetido a situação de estresse psíquico, seja por razões de falta de socialização, ciúmes por alteração brusca de situações ou ainda excesso de mimos e falta de limite em sua educação etc.

Regras

Infelizmente, apesar de toda comprovação que trouxemos no presente texto de que pit bulls não são esses monstros que normalmente desenham, ainda tem sido comum as proposituras legislativas e até mesmo administrativas em todos os âmbitos, incentivando extinção dos pit bulls e ainda impondo que estes animais ou não circulem, ou quando puderem fazê-lo, sejam levados com focinheira, enforcador, guia curta e afins. Será esta a solução?

Da tutela responsável de animais
É de suma importância a elaboração de leis que regulem a tutela responsável de animais que possuam tutores (excluindo-se aqui, logicamente os animais “de rua” que devem ser tutelados pelo Estado e por todos nós), visando-se tanto saúde e segurança dos animais, quanto de seus tutores e demais transeuntes, entretanto, devemos ressaltar que tal regramento deve ser amplo, atingindo toda e qualquer raça de cães, bem como citada legislação deve atender preceitos básicos para a manutenção do bem-estar dos animais, bem como de seus tutores.
Reforçamos a necessidade de lei ampla e extensiva a todas as raças de cães, pois caso contrário teríamos uma lei inconstitucional, preconceituoso e modista, surgindo exatamente em um momento em que toda a imprensa anda fazendo reportagens sobre rinhas e “ataques” de cães, mostrando principalmente a utilização de pit bulls em tais práticas, o que não apresenta a rigidez técnica sobre o perfil da raça, e muito menos é suficiente para embasar um tratamento diferenciado para apenas algumas raças, sendo os argumentos apresentados insuficientes e inconsistentes.
É indubitável que o modo como animais são tratados influencia diretamente em seus comportamentos. O mesmo acontece com os ditos animais racionais, os humanos, haja vista o comportamento cada vez mais agressivo destes, devido a problemas sócio-econômicos, familiares e outros.
Assim, o que há de se incentivar, não é o tratamento a determinadas raças que sem embasamento técnico algum e de forma genérica são chamadas de bravias, mas sim se deve incentivar a tutela responsável de TODOS os animais, bem como a conscientização cada vez maior dos tutores de cães.
Quanto à possibilidade de acidentes com mordidas de cães, logicamente que existem, do mesmo modo que existe a possibilidade de uma pessoa sair com seu carro e atropelar alguém, por exemplo, mas nem por isso que deverão ser criadas leis proibindo a circulação de carros. Aliás, estamos citando situação hipotética, porque se trouxermos à baila situações que infelizmente têm sido corriqueiras, como os graves acidentes automobilísticos fatais de pessoas irresponsáveis, balas perdidas, latrocínios e a assombrosa estatística de uma criança morrendo subnutrida no mundo a cada minuto, veremos que estas acontecem com uma freqüência tão assustadora e então, com base nisso, usando-se a mesma premissa que se tem utilizado contra os pit bulls, teríamos que justificar alguma medida extremista também, mas desta vez em relação aos próprios humanos.
Para que questões como algum eventual de acidente com animais sejam resolvidas, existe legislação regulando a responsabilidade do tutor do animal, presente no artigo 1.527 do Código Civil em vigor atualmente, o qual transcrevo a seguir, in verbis:

“Art. 1.527. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar:

I. que o guardava e vigiava com o cuidado devido;
II. que o animal foi provocado por outro;
III. que houve imprudência do ofendido;
IV. que o fato resultou de caso fortuito, ou força maior.”

(grifos nossos)
Assim, é indubitável que a legislação existente já alberga a questão da responsabilidade dos tutores por danos causados pelos animais sob sua tutela, restando apenas a necessidade de se estabelecer regras que permitam a conexão entre um animal e seu tutor, o que se pode resolver por meio da chipagem de todos os animais e, claro, disseminando-se cada vez mais a tutela responsável e a educação ambiental para todas as idades e classes sociais.
Da utilização de guias, coleiras e condução dos animais por algum responsável
Entendemos acertadas regras para a condução e manejo de cães, logicamente estendendo-se a toda e qualquer raça.
Porém, de se ressaltar que cada raça de cão possui diferentes características etológicas, e, portanto, para se estabelecer normas em relação a tamanhos de guias e afins, é mister que haja estudo e parecer de profissional especializado, podendo-se incorrer em maus-tratos a generalização da questão, o que seria totalmente contrário à legislação em vigor, qual seja, Constituição Federal, artigo 225 e Lei de Crimes Ambientais, artigo 32.
Da utilização de focinheiras
Em relação à exigibilidade de utilização de focinheira durante uma atividade física do animal, afirmamos que esta prática distorce totalmente sua finalidade, já que se trata de instrumento estritamente de contenção, fazendo com que o animal seja submetido a prática cruel, já que tem sua necessidade respiratória drasticamente reduzida, comprometendo sua saúde e podendo até mesmo levá-lo à morte.
Conforme pudemos depreender de pareceres técnicos, os cães são animais homeotérmicos e, portanto, suas atividades metabólicas são apropriadas à manutenção da temperatura corporal interna praticamente constante. Como resultado, as reações químicas dos processos fisiológicos vitais devem ser processadas de forma constante, seja qual for a temperatura ambiente.
Em ambientes quentes como o Brasil, a perda de calor adquire importância vital para todos os seres homeotérmicos. Tão importante dissipação de calor pode envolver a pele e/ou o sistema respiratório e, em ambientes quentes, o principal meio de perda é a evaporação.
A via respiratória perde calor pelo movimento rápida de entrada e saída de ar no trato respiratório superior, produzindo evaporação da água presente na mucosa. Tudo funciona de forma semelhante ao efeito do vento sobre uma superfície corporal úmida.
Em termos práticos, a perda de calor de cães depende exclusivamente da via respiratória, efetuada pelo aumento da freqüência respiratória (polipnéia), uma vez que as glândulas sudoríparas distribuídas por seus corpos não ajudam na termoregulação.[4]
Posto isso, conforme citamos anteriormente e com o que já fora presenciado por diversos veterinários em termos de adaptação a temperaturas altas em cães, o uso de focinheira é um ato impróprio e que põe a vida do animal em risco.

Do impedimento de circulação dos animais

O impedimento de circulação dos animais fere não apenas nosso artigo ambiental constitucional (pela crueldade de uma atitude dessas representaria ao animal), mas também um dos preceitos essenciais de nossa Constituição Federal, cláusula pétrea, que é o direito de ir e vir (art. 5º, XV), pois ao impedir que se ande em espaço público com cães de determinadas raças, ou eventualmente impondo-se a permissividade a um horário em que, pessoas comuns e trabalhadoras costumam dormir (22 horas às 5 horas, por exemplo, como já se pretendeu no Rio de Janeiro), impede-se que haja a interação entre humanos e animais, e conseqüentemente impedindo que saiam de suas casas para os necessários passeios dos animais, seus banhos de sol etc.

Regulamentação da venda de animais?

Quando não se fala nas inadmissíveis situações proibitivas ou exterminadoras supracitadas, temos ainda tido contato com algumas pretensões legislativas de se regulamentar a venda de cães, permitindo-se que seja feita apenas pelos chamados criadores profissionais.

Para nós essa solução não passa mais uma vez de um incentivo aberto e geral ao rufianismo de animais.

Compra e venda de animais, em nossa opinião, é algo que não podemos admitir, pois além de entendermos que uma vida não tem valor, temos a certeza que o incentivo a isso, praticado seja por quem for, acaba sendo permissivo e incentivador a todo o tipo de comércio, e então, ao invés de se tutelar os animais de fato, acaba-se por incentivar um crescente e infindável ciclo de crueldade e exploração.

Exemplo prático desta questão já vem ocorrendo com os animais silvestres em nosso país, pois a partir do momento que houve a permissividade da venda destas vidas, foi notório e comprovado o aumento de traficantes fantasiados de criadores, “esquentando-se” animais de tráfico e, conseqüentemente, incentivando-se o aumento deste, que de tão lucrativo, já é um dos maiores comércios ilegais mundiais, e caso reconheçamos também as vendas travestidas de legais, mas que também fazem parte deste ciclo, talvez até tenhamos este como o maior comércio ilegal mundial.

Portanto, aqueles que são amantes de pit bulls, que o sejam de fato, e não porque a raça os provém dinheiro. Somos contra o extermínio de uma raça por preconceito, mas totalmente a favor de que não haja a prostituição de animais para que seus criadores tenham lucros.

Quer um pit bull? Que tal adotar um dos milhares que esperam por uma adoção nos CCZs por este país afora? Adoção sempre, comércio nunca!


Conclusões

Pelo que pudemos expor no presente artigo, é indubitável que o modo como animais são tratados influencia diretamente em seus comportamentos.

Assim, o que há de se incentivar, não é o fim de uma ou de outra raça, o que, aliás, até faz com que meus pensamentos retrocedam à época de Hitler, em que a saída era exatamente exterminar as raças que na concepção nazista dele não eram consideradas puras, mas sim a tutela responsável e a conscientização cada vez maior dos tutores de cães, e de TODAS as espécies e raças.

Se toda vez que houvesse um problema, resolvêssemos generalizar, e sair exterminando tudo que lembrasse ou estivesse relacionado com o problema, então estaríamos justificando guerras, pena de morte e outros radicalismos infundados.

Ressaltemos ainda que, vidas não devem ser vendidas, negociadas. A proibição do rufianismo com animais com certeza seria um ótimo começo para a coibição da reprodução indiscriminada para o abastecimento da indústria de filhotes.

Faz-se necessário que nossos políticos revejam certos conceitos e preconceitos e repensem na questão dos animais, não as utilizando como questões meramente modistas e como forma de arrecadação de votos. A tutela de vidas não deve ser negociada.

Também importante que todos aqueles que têm divulgado apenas questões negativas em relação aos pit bulls ou qualquer outro animal, que se esforcem também em buscar a realidade dos fatos, prezando por uma imparcialidade jornalística, bem como pela eterna busca pela informação correta. Com certeza temos muito mais fatos positivos a serem mostrados do que essas notícias sensacionalistas atuais. Informar e não realizar um desserviço à sociedade, já que matérias negativas têm sido um incentivo ao abandono de animais à própria sorte.

E finalmente, que todos os tutores de pit bulls (e qualquer outro animal) sejam conscientes dos direitos dos animais que resolveram tutelar, possibilitando que tenha uma vida digna e saudável e o protegendo em qualquer situação e não o contrário, como tem ocorrido atualmente, pois com a pressão da desinformada população, muitos têm simplesmente descartado seus animais como se um objeto velho qualquer fosse. Amar é cuidar, defender e respeitar os direitos.


TUTELA RESPONSÁVEL E CONSCIÊNCIA AMBIENTAL, para que Pit Bulls passem de vítimas a verdadeiros companheiros, o que de fato o são!


[1] Fonte: http://www.atts.org/
[2] Posição de alguns cinófilos e criadores que assim se manifestaram em audiência pública realizada na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, intitulando os pits mestiços, inclusive, como paraguaios, e pregando que estes deveriam ser proibidos de circular, dentre outras barbaridades, formando um discurso totalmente preconceituoso, além de imoral, ilegal e inconstitucional.
[3] Utilização de matrizes de cães como se uma casa de prostituição fosse, visando-se cruzas progressivas para venda de filhotes, e, conseqüentemente, ganhar-se dinheiro com venda de vidas.
[4] Parecer da professora Norma Volliner Labarthe, Universidade Federal Fluminense, Departamento de Patologia e Clínica Veterinária * Agradecimento especial à médica veterinária Andréa Lambert pela revisão no presente texto.

domingo, 16 de setembro de 2007

FOTOS
















































quinta-feira, 6 de setembro de 2007

PLANTEL

PADREADORES







MATRIZES

terça-feira, 17 de julho de 2007

O "ESTILO PIT BULL"

Cão rústico, resistente, de pelagem curta e pouco cheiro, o Pit Bull é uma raça de manutenção simples. Não requer banhos freqüentes nem tampouco escovações periódicas. Não é predisposto a inflamações de ouvido, dispensando a necessidade de limpezas regulares da região, e não produz grande quantidade de secreção ocular, liberando seus donos da tarefa rotineira de higienizar a área ao redor dos olhos. Na maioria dos casos, as unhas também não exigem cuidados especiais. Como os exemplares costumam ser mantidos com acesso a áreas externas e de piso áspero, elas se desgastam naturalmente, sem que seja necessário cortá-las ou lixá-las.





Exercícios:
Atleta nato, o Pit Bull deve se exercitar regularmente para permanecer feliz e saudável.Só não se deve sobrecarregá-lo, sobretudo no primeiro ano de vida, quando ossos e articulações ainda estão em fase de formação e podem ser lesionados com mais facilidade.






Corte das orelhas:
Embora o corte de orelhas seja facultativo, a maioria dos Pit Bulls, no Brasil costuma apresentá-las amputadas. A cirurgia deve ser feita por volta dos 3 meses de idade, quando o processo de recuperação é particularmente simples. Não há regras que indiquem o tamanho a ser mantido. Na prática, se vêem desde exemplares praticamente sem orelha alguma até aqueles que as apresentam com ao redor de três a cinco centímetros de comprimento. É importante a escolha de um veterinário experiente no assunto, para evitar complicações.




Com a família:
É verdade que a aparência robusta e cheia de si passa a idéia de independência emocional. Mas que ninguém se engane.O Pit Bull não só é apegado aos familiares como personifica o tipo sombra, que segue as pessoas pela casa, solicitando companhia e afeto. É de colocar a cabeça no colo dos donos em busca de um bom cafuné e freqüentemente os lambe em sinal de carinho. Quase sempre elege alguém como preferido. Quando o eleito está presente, é certo que o Pit estará ao seu lado, mas nunca ignora os outros moradores. Abana a cauda caso se aproximem e brinca com todos que o convidarem.



Com pessoas de fora da casa:
A fama de mau não faz jus à realidade. Pelo menos quando se trata de Pit Bulls típicos e que não cresceram isolados do convívio social - a maioria do plantel brasileiro.
Desde que os desconhecidos sejam bem recebidos por seus donos e não ajam de maneira ameaçadora, os exemplares da raça aceitam a presença deles sem qualquer hostilidade.
Normalmente são até receptivos, abanando a cauda e aceitando agrados. Na rua se comportam da mesma maneira. Se estranhos se aproximam sem atitude suspeita, reagem amigavelmente. Porém é territorialista e protetor, o que o leva a defender os donos e o território caso os julgue ameaçados. Em resumo, Pit Bulls não aceitam pacificamente que invadam sua propriedade nem que agridam seus familiares.



Com outros cães e animais:
Não há regra sem exceção, sobretudo quando se fala em comportamento animal. Mas o conselho mais seguro para quem quer eliminar o risco de acidente é ter apenas um Pit Bull.
Até casais da raça muitas vezes entram em conflito. Quando o assunto são exemplares do mesmo sexo, a chance de discórdia é ainda maior.
O mesmo se aplica ao convívio de Pit Bulls com cães de outras raças, e outros animais. Mas também há histórias de sucesso. Para aumentar as chances de uma relação pacífica, acostume seu Pit desde cedo com outros animais e, de preferência, faça com que ele já cresça ao lado do companheiro que terá quando adulto.Introduzir um novo bicho no ambiente de um Pit já maduro é bastante arriscado, sobretudo se ele não tiver sido acostumado a esse tipo de relação.


Obediência Inteligência:
Ele não é um dos tops da obediência canina, mas se sai bem em aulas de adestramento e, diante da presença dos donos, segue sem problemas as regras domésticas. Raramente reluta em atender a um "não" ou a qualquer outra ordem. Suas desobediências, em geral, só se manifestam quando está sozinho e, na maioria das vezes, se restringem a morder objetos não autorizados.
A solução é mantê-lo em ambientes onde tais travessuras não gerem grandes problemas. Espertos e observadores, os Pit Bulls são daqueles que aprendem facilmente só de olhar o que se passa ao redor.



Destrutividade:
A raça não é propriamente um bom exemplo no que se refere a poupar o mobiliário da casa e os pertences da família. Os filhotes são especialmente travessos, mas muitos dos exemplares adultos carregam para a vida madura o hábito de morder objetos que não deveriam. Para diminuir o risco do problema ocorrer justamente com o seu Pit Bull, é importante não só impor limites desde a infância e oferecer brinquedos e alternativas de entretenimento, como satisfazer a necessidade de atividade da raça.


Com crianças da casa:
O apego aos familiares se estende aos donos mirins. Pit Bulls são fortes e resistentes, não se intimidando, como várias das raças caninas, diante do habitual agito infantil.
Pelo contrário. Por serem ativos e brincalhões, enxergam nos pimpolhos promessa de diversão.
O relato de donos e criadores é enfático ao retratar exemplares pacientes e amorosos com crianças, mesmo quando importunados por brincadeiras estabanadas e atitudes inoportunas, como puxões de cauda.É claro que nada disso é recomendável em relação a nenhuma raça canina, mas o fato é que o Pit Bull é freqüentemente destacado, até mesmo pelo padrão do United Kennel Club, pelo ótimo convívio que desenvolve com a garotada.

NINHADA

AUREUS BULL’S KENNEL
Criando com responsabilidade, dedicação e amor






Somos criadores especializados em APBT e o fazemos por amor e prazer de criar filhotes e cães cada vez melhores, não somos comerciantes de cães;
Nossos filhotes não são mercadorias, seus preços baseiam-se na mão de obra e custo de uma criação SERIA E NÃO COMERCIAL, o valor ora oferecido é final e não sofre alterações durante o anuncio de uma mesma ninhada.
Todos os filhotes são vermifugados TRÊS vezes e vacinados DUAS vezes, entregues depois dos 55 dias de vida, já de posse do pedigree SOBRACI.




MAIORES INFORMAÇÕES ENTRE EM CONTATO
aureusbulls@gmail.com

segunda-feira, 16 de julho de 2007

TESTE DE QI

O QI é avaliado por apenas uma parte das manifestações da inteligência, mas muito importante. Aquela que permite a um indivíduo compreender o meio em que vive, interagir com ele e superar os seus desafios. Pode ser chamado de inteligência adaptável. Graças a ela, por exemplo, o cão pode deduzir a rota ideal para ir de um lugar a outro ou um jeito para alcançar uma guloseima aparentemente inacessível. São, no total, 12 testes, sendo que o 7º e o 8º devem ser seguidos, e os demais, podem ser aplicados aleatoriamente. Os testes que envolvem petiscos não devem ser aplicados nem quando o cão acabou de comer, nem quando está morrendo de fome. Você precisará de um cronômetro para contar o tempo que o cão gasta em cada teste, e dar sua devida pontuação. A idade mínima do cão para realizar o teste é de 9 meses para os de grande porte e 1 ano para os outros. A pessoa que aplicará o teste deve ter convivido com o cachorro por pelo menos 3 meses. O cão deve morar no local do teste há pelo menos 2 meses. E no final, a somatória dos pontos obtidos em todo o teste mostrará a classificação de acordo com as categorias.
TESTE 1 - APRENDIZADO POR OBSERVAÇÃO: Mede o grau de associação entre idéias. Se você costuma sair com seu cão, simular um passeio é um ótimo teste. Se não, faça uma adaptação a outra atividade corriqueira realizada por você com o cão e caracterizada pelo uso de algum objeto específico. Em horário e lugar diferentes do habitual, mostre o objeto para ele (como a coleira, por exemplo) e observe a reação. Pontuação - Se o cão demonstrar interesse e excitação como se soubesse o que vai acontecer e correr até a porta ou vier direto em sua direção, dê 5 pontos. Se não, dê mais uma dica, como ir à porta e parar. Se ele agora der sinais de que entendeu que vai passear, dê 4 pontos. Se não, dê mais uma chance de ele perceber. Vire, por exemplo, a maçaneta da porta, fazendo barulho. Se ele finalmente compreender, dê 3. Caso tenha demonstrado apenas prestar atenção nas atividades anteriores, dê 2. Se não fez nada e nem prestou atenção, dê 1.
5 pontos 4 pontos 3 pontos 2 pontos 1 ponto
TESTE 2 - HABILIDADEEM SOLUCIONAR PROBLEMAS (GRAU 1): Avalia a habilidade de resolver situações por conta própria, utilizando experiências anteriores. Pegue um petisco, agite-o perto do cão e deixe que o cheire. Ponha o petisco no chão e uma lata sobre ele. Estimule-o a pegar o petisco, com gestos e palavras. Em seguida, meça o tempo. Pontuação - Se o cão derrubar a lata e pegar o petisco em até 5 segundos, dê 5 pontos. Se levar de 5 a 15 segundos, dê 4. Entre 15 a 30 segundos, dê 3. De 30 a 60 segundos, dê 2. Se tentar uma ou duas vezes, cheirando em torno da lata, mas não pegar a isca após 1 minuto, dê 1 ponto. Se não fizer qualquer esforço para pegá-lo, dê 0.
5 pontos 4 pontos 3 pontos 2 pontos 1 ponto
TESTE 3 - APRENDIZAGEM DO MEIO AMBIENTE: Verifica o quanto o cão memoriza a posição dos objetos em um local, criando um mapa mental do ambiente. Escolha um lugar familiar ao cão, com vários objetos. Sem ele ver, mude cinco objetos de lugar. Opte por aqueles de fácil acesso a ele. Leve o cão para dentro do local e comece a medir o tempo, em silêncio Pontuação - Se ele explorar ou farejar qualquer dos objetos trocados de lugar dentro de 15 segundos, significa que percebeu rapidamente a mudança. Dê, então, 5 pontos. Se demorar de 15 a 30 segundos, dê 4 pontos. Se a fizer entre 30 e 60 segundos, dê 3. Se olhar em volta dando sinais de que percebeu algo diferente, mas não explorar nenhuma modificação, dê 2. Se, passado 1 minuto, o cão ignorar as mudanças, dê 0.
5 pontos 4 pontos 3 pontos 2 pontos 1 ponto
TESTE 4 - HABILIDADE EM SOLUCIONAR PROBLEMAS (GRAU 2): Verifica como o cão sai de uma situação aflitiva. O cão precisa estar acordado e razoavelmente ativo. Faça-o cheirar uma toalha de banho. A seguir, use-a para cobrir a cabeça e parte do corpo dele. Marque o tempo e observe, em silêncio. Pontuação - Se o cão se livrar em até 15 segundos, dê 5 pontos. Se demorar de 15 a 30, dê 4. De 30 a 60, 3 pontos. De 1 a 2 minutos, 2 pontos. Se não tirar a toalha após 2 minutos, dê 1.
5 pontos 4 pontos 3 pontos 2 pontos 1 ponto
TESTE 5 - APRENDIZAGEM SOCIAL: Avalia a compreensão visual das expressões emocionais. Quando o cão estiver sentado ou deitado a cerca de dois metros de você, olhe fixamente para a cara dele. Assim que ele olhar para você, conte até 3 em silêncio e dê um grande sorriso. Pontuação - Se o cão vier até você abanando o rabo, dê 5 pontos. Se vier, mas devagar ou abanando o rabo apenas por uma parte do caminho, dê 4. Se estava sentado e ficar de pé ou se estava deitado e se sentar, mas não andar até você, dê 3. Se o cão se afastar de você, dê 2. Se não prestar atenção, dê 1.
5 pontos 4 pontos 3 pontos 2 pontos 1 ponto
TESTE 6 - HABILIDADE EM SOLUCIONAR PROBLEMAS (GRAU 3): Mede como se sai em desafios que exigem persistência. Mostre um petisco ao cão. Deixe-o cheirá-lo e vê-lo por 5 segundos. Com grande exagero, ponha-o no chão e, enquanto o cão observa, jogue a toalha aberta em cima do petisco. Estimule-o, com palavras e gestos, a pegar o petisco. Marque o tempo. Pontuação - Se o cão estiver com o petisco na boca em até 15 segundos, dê 5 pontos. Em 15 a 30 segundos, dê 4. Em 30 a 60 segundos, dê 3. Em 1 a 2 minutos, dê 2. Se tentar apanhar o petisco, mas desistir, dê 1. Se ele nem tentar em 2 minutos, dê 0.
5 pontos 4 pontos 3 pontos 2 pontos 1 ponto
TESTE 7 - MEMÓRIA DE CURTO PRAZO: (Imediatamente após esse teste, faça o teste 8). Leve o cão a um ambiente razoavelmente grande (sala) e, com ele vendo, coloque algum petisco em um canto. Deixe o ambiente com ele, e após 15 segundos, volte com ele para a sala sem falar nada, e comece a marcar o tempo. Pontuação - Se o cão for direto ao petisco, significa que memorizou bem. Dê 5 pontos. Se farejar metodicamente ao redor da sala e achar o petisco, é porque não fixou com exatidão o local onde estava o alimento. Dê 4. Se procurar à toa, sem rumo, mas mesmo assim achar o petisco em até 45 segundos é porque não memorizou o local. Está usando o faro e a visão para achá-lo. Dê 3. Se ele tentar achar, mas não conseguir após 45 segundos, dê 2. Se nem tentar, dê 1.
5 pontos 4 pontos 3 pontos 2 pontos 1 ponto
TESTE 8 - MEMÓRIA DE LONGO PRAZO: Verifica a capacidade de armazenar informações por muito tempo. O procedimento é igual ao do teste 7, mas, ao invés de ficar fora do ambiente por 15 segundos, fica-se 5 minutos. Após o tempo, voltar para o ambiente com o cão e começar a marcar o tempo, sem falar nada. Pontuação - Se o cão for direto ao petisco, dê 5 pontos. Se foi ao quanto onde estava o primeiro petisco e depois rapidamente ao canto certo, ele confundiu os dois locais memorizados. Dê 4 pontos. Se cheirar metodicamente ao redor da sala e achar o petisco, dê 3 (usou o faro e a visão). Se parece procurar à toa, mas acha o petisco em até 45 segundos, dê 2. Se tentar achá-lo, mas sem sucesso após 45 segundos, dê 1. Se nem tentar, dê 0.
5 pontos 4 pontos 3 pontos 2 pontos 1 ponto
TESTE 9- RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS E HABILIDADE DE MANUSEIO: Avalia a capacidade de vencer desafios, usando as patas. Faça dois montes, com livros ou tijolos empilhados em cada um, deixando-os um pouco separados. Coloque uma tábua sobre eles. O objetivo é fazer uma espécie de mesa, baixa o bastante para que o cão não enfie a cabeça por baixo dela, mas suficiente para colocar as patas. Ponha sobre a tábua alguns livros pesados ou tijolos para que o cão não a derrube.. Mostre-lhe um petisco e deixe-o cheirá-lo. Com gestos exagerados, ponha o petisco sob a mesa. Estimule o cão a pegá-lo, mas aponte o local. Marque o tempo. Pontuação - Se o cão usar as patas e pegar o petisco em até 60 segundos, dê 5 pontos. De o apanhar em 1 a 3 minutos, dê 4. Se usar só o focinho ou as patas, mas não conseguir pegar o petisco após 3 minutos, dê 3. Se não usar as patas e se contentar em cheirar ou tentar pegar o petisco com o focinho uma ou duas vezes e desistir, dê 2. Se, após 3 minutos, não tiver tomado qualquer iniciativa para pegar o petisco, dê 1.
5 pontos 4 pontos 3 pontos 2 pontos 1 ponto
TESTE 10 - COMPREENSÃO DE LINGUAGEM: Verifica a capacidade de compreender o significado das palavras. Com o cão deitado, no mínimo a dois metros de você, diga uma palavra à qual ele não esteja acostumado, como "microondas". Faça o mesmo tom de voz que costuma usar para chamá-lo. Pontuação - Se o cão mostrar vontade de ir até você, é sinal que reagiu ao tom de voz e não à palavra. Dê 5 pontos. Se não vier, diga outra palavra que ele não esteja acostumado a ouvir, como "espelho", no mesmo tom de voz que usa para chamá-lo. Se ele for em sua direção, dê 4 pontos. Se ele ainda não se manifestar, diga o nome dele e a palavra que usa para chamá-lo. Se ele vier ou mostrar tendência de ir até você, dê 3 pontos. Se não, chame-o mais uma vez. Se vier, dê 2. Se não, dê 1.
5 pontos 4 pontos 3 pontos 2 pontos 1 ponto
TESTE 11 - PROCESSO DE APRENDIZADO: (Esse teste é mais complicado, e exige certa qualificação de quem está aplicando. Então, para quem não quiser aplicar esse, não precisa, e no final, há duas classificações: uma para quem realizou todos os testes e uma para quem deixou de realizar esse. E essa classificação é proporcional à outra). Mede a habilidade de associar uma ação a um comando. Esse teste leva mais tempo que os outros (cerca de 10 minutos), e exige mais qualificação do dono. O cão será induzido a um comportamento desconhecido: levantar-se da posição sentado, dar um passo à frente, dar meia-volta para ficar de frente com você e sentar-se de novo. O cão deve estar sentado, do seu lado esquerdo, com coleira e guia. Etapa 1 a 3 - 1) Com voz clara, dê uma ordem que o cão não conheça, como "frente". Ao mesmo tempo, dê tapinhas com as mãos nas pernas dele, bem acima dos joelhos. 2) Guie-o para ficar na posição frente: dê um passo à frente com o pé esquerdo, e puxe a guia, em sentido horizontal diante da cabeça dele, para que levante e avance um ou dois passos. 3) Dê um passo para trás com a perna direita, puxando a guia para obrigá-lo a virar para você no sentido horário. Se for um cão grande, talvez você tenha de dar mais um passo para trás. Elogie imediatamente o cão e/ou dê-lhe um petisco. Coloque-o de novo sentado ao seu lado esquerdo e repita o exercício nas etapas 2 e 3. Etapa 4 a 5 - Igual à 1 a 3, só que você deve dar uma pausa de um segundo após a ordem frente e depois tentar deslocar o cão na posição frente, usando o mínimo ou nenhum movimento com sua perna esquerda. Etapa 6 - Dê a ordem frente e observe. Pontuação - Se ele sair do seu lado e for para a posição frente, mesmo de maneira desajeitada, dê 6 pontos e considere o teste encerrado. Afinal, ele aprendeu todo o movimento do exercício. Se ele não se mexer após 5 segundos guie-o ao lugar certo e recompense-o, como se fosse apenas um treinamento. Etapas e testes subseqüentes - Repita 10 vezes, como treinamento, a etapa 4 a 5 e depois dê a ordem frente e observe. Pontuação - se o cão executar a manobra toda, dê 5 pontos. Se não, faça mais 10 vezes e repita pela última vez a ordem frente e observe. Se o cão executar o exercício sem nenhuma ajuda sua (não importa se o fizer de forma desajeitada, lenta ou confusa), dê 3 pontos. Se o cão der a volta até a sua frente, mas não sentar, dê 2. Se ficar de pé ao receber a ordem, mas não se mexer, dê 1. Se permanecer sentado dê 0.
5 pontos 4 pontos 3 pontos 2 pontos 1 ponto 0
TESTE 12 - RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS: Mede a capacidade de desenvolver soluções elaboradas. Pegue um papelão de tal altura que o cão não pule e faça nele um buraco pelo qual sua mão consiga passar. Faça o papelão ficar em pé, prendendo-o com fita adesiva ou barbante em "paredes" laterais (podem ser duas caixas ou cadeiras). O papelão servirá de "barreira". Ponha o cão diante do papelão e peça para alguém para segurá-lo, se for preciso. Fique do mesmo lado. Estimule-o a olhar através do buraco. Com gestos exagerados, introduza um petisco através do buraco e coloque-o no chão a uma distância tal que o cão não possa alcançá-lo com a pata. Marque o tempo e peça ao ajudante que solte o cão, enquanto você o estimula com gestos e palavras a pegar o petisco. Pontuação - Se o cão contornar o papelão e pegar o petisco em até 15 segundos, dê 5 pontos. É sinal de que percebeu que precisava dar a volta. Se levar entre 15 e 30 segundos, dê 4. De 30 a 60 segundos, dê 3. Se não tiver pego o petisco após 60 segundos, pare de estimulá-lo ativamente e fique calado por perto, marcando o tempo. Se pegar o petisco em 1 a 2 minutos, dê 2. Se tentar alcança-lo, enfiando a pata através do buraco e depois desistir, dê 1. Se não fizer nenhum esforço para pegá-lo após 2 minutos dê 0.
5 pontos 4 pontos 3 pontos 2 pontos 1 ponto 0

RESULTADOS:
Para quem realizou todos os testes
54 pontos ou mais - Cão considerado brilhante. Um exemplar com esse nível de QI é muito raro.
48 a 53 pontos - Cão excelente, com QI extremamente alto.
42 a 47 pontos - Cão com QI médio superior. Será capaz de fazer praticamente qualquer tarefa que compete a um cão comum.
30 a 41 pontos - Cão com QI médio. Representa um cão normal, que executa algumas atividades, e outras não.
24 a 29 pontos - Cão com QI médio baixo. Embora às vezes o cão pareça agir muito inteligentemente, a maior parte do tempo exigirá muito trabalho para fazê-lo entender o que queremos dele.
18 a 23 pontos - Cão com QI baixo. Pode ter dificuldade em se adaptar às exigências do cotidiano e às expectativas do dono. Mas em um ambiente estruturado, pouco estressante, pode se sair até razoavelmente.
17 pontos ou menos - Cão deficiente em muitas áreas do QI. Pode ser muito difícil conviver com ele.
Para quem deixou de realizar o teste 11
49 pontos ou mais - Cão considerado brilhante. Um exemplar com esse nível de QI é muito raro.
44 a 48 pontos - Cão excelente, com QI extremamente alto.
38 a 43 pontos - Cão com QI médio superior. Será capaz de fazer praticamente qualquer tarefa que compete a um cão comum.
27 a 37 pontos - Cão com QI médio. Representa um cão normal, que executa algumas atividades, e outras não.
22 a 26 pontos - Cão com QI médio baixo. Embora às vezes o cão pareça agir muito inteligentemente, a maior parte do tempo exigirá muito trabalho para fazê-lo entender o que queremos dele.
16 a 21 pontos - Cão com QI baixo. Pode ter dificuldade em se adaptar às exigências do cotidiano e às expectativas do dono. Mas em um ambiente estruturado, pouco estressante, pode se sair até razoavelmente.
15 pontos ou menos - Cão deficiente em muitas áreas do QI. Pode ser muito difícil conviver com ele.

TESTE DE VOLHARD

O teste de Volhard é uma boa ferramenta para se verificar o comportamento do filhote. Este teste deve ser realizado a fim de se evitar problemas futuros, onde o adestrador saberá reconhecer o seu temperamento antes de sua aquisição.
Antes de se aplicar o teste de Volhard deve-se observar alguns PRÉ-REQUISITOS, como:
  • Deve-se aplicar o teste de Volhard próximo dos 49 dias de vida, justamente quando o cão está praticamente neurologicamente completo e com o cérebro de adulto.
  • Deve-se testar um filhote de cada vez, em boas condições, estar ativo e com boa saúde;
    Não fazer o teste após as refeições, no dia da vacinação e nem no dia seguinte;
  • Aplicar o teste na seqüência da tabela a seguir, o local deverá ser tranqüilo e desconhecido para o filhote (escolher uma área com piso não escorregadio, de4 m²);
  • Além do examinador (você, uma pessoa estranha ao filhote), devendo estar presente também o anotador da pontuação, que não pode interferir na atuação. Antes de marcar os pontos, o anotador confirma a avaliação dele com o examinador.
  • Aplicação: procure não intimidar o filhote. Evite inclinar-se sobre ele, gesticular ou avançar as mãos bruscamente. Fale com suavidade. Ao bater palmas, seja delicado. Se o cão não reagir a você ou demonstrar extremo estresse, afastando a cara e ficando rígido, pode estar estranhando a sua presença. Nesse caso, tente se entrosar com o filhote e reiniciar o teste algum tempo depois.
  • Avaliação: vale a primeira reação do filhote.

OS TESTES
1- CHAMAR:
Atração por pessoas
Indica: sociabilidade, treinabilidade.
Como fazer: o criador traz o filhote e sai. Fique cerca de 1,20 metros do cão, agachado. Bata palmas e, falando de forma afetuosa, estimule-o a vir.
Pontuação:
O cão vem logo animado, e:
a) salta e morde a mão do examinador = 1 ponto;
b) bate com a pata no examinador, lambe a mão = 2;
c) não encosta no examinador = 3;
O cão:
a) vem logo, sem mostrar ânimo = 4;
b) vem hesitante = 5;
c) não vem = 6; (visando os próximos testes, deixe o cão cheirar sua mão, acaricie-o e converse com ele de forma encorajadora para lhe despertar confiança).
2- ACOMPANHAR:
Seguir a liderança humana
Indica: independência, interação com humanos, treinabilidade.
Como fazer: aplique após o teste anterior sem interrupção. Levante e se afaste devagar. Fale com o cão, bata palmas e chame-o. Só depois marque os pontos de ambos os testes. Enquanto isso procure interagir com o filhote.
Pontuação:
O cão segue logo animado, e:
a) coloca-se entre os pés do examinador e o morde, atrapalhando a caminhada = 1 ponto;
b) coloca-se entre os pés do examinador = 2;
c) não se coloca entre os pés do examinador e nem encosta nele = 3;
O cão:
a) segue logo, mostrando submissão = 4;
b) segue hesitante = 5;
c) não segue ou se afasta = 6.
3 – RESTRIÇÃO:
Facilidade de controle sob domínio físico:
Indica: submissão, treinabilidade.
Como fazer: agachado, vire com muita delicadeza o filhote de costas e segure-o com uma mão no peito, sem muita pressão por até 10 segundos, olhando-o com expressão gentil e tentando estabelecer contato visual, porém sem falar. Observe a reação.
Pontuação:
a) o cão se debate muito e morde = 1 ponto;
b) debate-se muito = 2;
c) debate-se e aceita, sem evitar contato visual com o examinador = 3;
d) debate-se e pouco aceita = 4;
e) não se debate = 5;
f) não se debate e se esforça para evitar contato visual = 6.
4 – ACARICIAR:
Facilidade de controle pelo carinho:
Indica: independência, dominância, aceitação de proximidade de pessoas, treinabilidade.
Como fazer: aplique em seguida ao teste anterior, marque os pontos de ambos depois. Deixe o filhote ficar de pé ou sentar, agache-se ao lado dele e acaricie-o da cabeça à cauda com uma mão. Observe a reação.
Pontuação:
a) pula, bate com as patas, morde, rosna = 1 ponto;
b) pula, bate com as patas = 2;
c) receptivo, roça no examinador e tenta lamber seu rosto = 3;
d) muito receptivo, lambe a mão do examinador =4;
e) rola no chão e lambe a mão = 5;
f) afasta-se = 6.
5 – ELEVAÇÃO
Facilidade de controle em situação de risco:
Indica: dominância, medo.
Como fazer: mantendo a posição agachada, pegue o filhote e levante-o cerca de 30 cm, por até 30 segundos.
Pontuação: o cão se debate e:
a) morde = 1 ponto;
b) não morde = 2;
c) aceita, debate-se, aceita seguidamente = 3;
O cão não se debate e fica:
a) relaxado = 4;
b) tenso = 5;
c) paralisado = 6.
6 – BUSCAR
Vontade de fazer algo pelo dono
Indica: treinabilidade, interação com humanos, obediência.
Como fazer: ainda agachado, acene com um papel amassado (bolinha) e lance-o cerca de um metro à frente do cão, em local visível, encorajando-o a buscar.
Pontuação:
a) o cão pega o papel e se afasta = 1 ponto;
b) pega, não traz o papel e volta sem ele = 4;
c) pega e traz = 3;
d) vai até o papel e volta sem ele = 4;
e) começa a ir ao papel mas perde o interesse = 5;
f) não vai ao papel = 6.
7 – PRESSÕES NA PATA
Resistência à dor:
Indica: sensibilidade à dor.
Como fazer: continue agachado e aperte de leve, com o polegar e o indicador, os dedos de uma pata dianteira do cão. Aumente a pressão aos poucos e conte mentalmente até 10 (dez) ou pare antes se o cão reagir. Se ele não deixar tocar a pata, pressione a orelha.
Pontuação:
a) o cão ataca e morde = 1 ponto;
b) pega a toalha sem atacar = 2;
c) investiga com interesse = 3;
d) olha curioso mas não investiga = 4;
e) foge ou se esconde = 5;
f) ignora = 6.
8 – BARULHOS FORTES
Reação a sons:
Indica: sensibilidade ao ruído, medo.
Como fazer: coloque o filhote no centro da área e fique ao lado dele. O observador, de frente para o filhote e não muito próximo, bate forte uma colher numa panela, ambas de metal, uma única vez.
Pontuação: o cão localiza o som e:
a) vai excitado até a origem = 1 ponto;
b) vai até a origem sem excitação = 2;
c) não vai, mas mostra curiosidade = 3;
d) não vai e não mostra curiosidade = 4;
e) encolhe-se, afasta-se e esconda-se = 5;
f) o cão ignora o som = 6.
9 – PERSEGUIR
Reação a algo que se move:
Indica: potencial para perseguir pessoas, animais e objetos em movimento, bem como sensibilidade visual.
Como fazer: ponha o filhote no centro da área. Amarre uma toalhinha na ponta de uma guia e, ficando ao lado dele, lance-a rente ao chão. Puxe-a de volta aos poucos em três vezes e observe a reação que prevalece.
Pontuação:
a) o cão ataca e morde = 1 ponto;
b) pega a toalha sem atacar = 2;
c) investiga com interesse = 3;
d) olha curioso mas não investiga = 4;
e) foge ou se esconde = 5;
f) ignora = 6.
10 – PEGAR DE SURPRESA
Reação à situação inesperada:
Indica: estabilidade, equilíbrio.
Como fazer: a um metro e meio do cão, abra um guarda-chuva e coloque-o no chão para ele investigar.
Pontuação:
a) avança e morde = 1 ponto;
b) aproxima-se e abocanha sem morder = 2;
c) aproxima-se, investiga e não abocanha = 3;
d) fica parado e olha = 4;
e) afasta-se e esconde-se = 5;
f) ignora = 6.
O QUE SIGNIFICA A PONTUAÇÃO
Em geral, o cão obterá pontuações diferentes no decorrer do teste, com variação pequena e prevalecendo uma delas. Se a variação for grande e o cão não tiver problema de saúde, é possível que ele seja muito instável. Veja o que a prevalência de cada pontuação indica:
Prevalece 01 (um) ponto: cão muito dominante, de difícil controle. Com forte desejo de liderança, não hesitará em lutar por ela, agredir e morder pessoas e outros cães. Só deve ir a um lar muito experiente, e receber treino rotineiro. Não devem conviver com crianças, idosos e outros animais.
Prevalecem 02 (dois) pontos: cão dominante, aspira à liderança. De eventual difícil controle, pode morder. Autoconfiante demais e com excesso de energia para crianças, idosos e outros animais. Requer exercício e treino além de horários rígidos. Donos experientes podem obter ótimo convívio com ele.
Prevalecem 03 (três) pontos: convive bem com pessoas e outros animais. Pode ter muita energia e precisar de muito exercício. Boa opção para um dono que já teve outro cão. Precisa de treino e aprende depressa.
Prevalecem 04 (quatro) pontos: é o tipo de cão adequado para companhia e melhor opção para donos de primeira viagem. Não é o guarda ideal por ser submisso demais. Raramente se esforçará para obter uma “promoção” na família. Fácil de treinar e bastante tranqüilo. Bom para idosos e crianças pequenas, das quais pode até precisar ser protegido.
Prevalecem 05 (cinco) pontos: muito submisso, medroso e tímido, requer manejo cuidadoso. Tende a se assustar com pessoas, lugares e barulhos estranhos. Sta um piso deferente pode incomodá-lo. Quando recebe carinho, na chegada do dono pode urinar em sinal de submissão. Se encurralado, tenta fugir. Não conseguindo, pode morder. Precisa de um lar especial, sem crianças e onde o ambiente não mude muito. Melhor para um casal tranqüilo.
Prevalecem 06 (seis) pontos: tão independente que não se apega ao dono. Apesar de pessoas o utilizarem como guarda, não é recomendado pois costuma provocar acidentes.
Pontuação muito irregular: indica temperamento instável, não recomendável em um cão para uma família.
Outras interpretações
O teste Restrição é um dos mais cruciais: indica como o cão reage à liderança humana.
Para crianças: o filhote com prevalência da pontuação 04 (quatro), e, a seguir da pontuação 03 (três), será bom para as crianças e se dará muito bem nos treinos. O filhote que fica relaxado e não se debate durante o teste de ELEVAÇÃO será fácil de lidar quando adulto.
Treinabilidade: os mais facilmente treináveis são os com prevalência de pontuação 04 ou 03 (quatro ou três) ou de ambas, mesmo que tenham baixa sensibilidade ao toque, que pode ser compensada com equipamento adequado ao treino. No teste BUSCAR, o filhote que volta com ou sem o papel está propenso a trabalhar para as pessoas. Pode ter ótimo desempenho em provas de obediência e ser, por exemplo, apto aos treinamentos mais sofisticados, como o de cão para guia de cegos.
Para Experts: o cão com pontos repetidos 01 ou 02 (um ou dois) precisa de muita liderança e experiência para ser controlado. É o dominante. Especialmente se obteve 01 (um) ponto nos testes de Restrição e Elevação.
Guarda: conforme a prevalência da pontuação nos testes, o cão demonstrará potencial para um determinado tipo de guarda. Os cinco primeiros testes são os mais importantes, pois avaliam graus de dominância, porém os demais também devem ser levados em conta.
a) casa com adultos inexperientes e com tempo disponível para dedicar ao cão: prevalência de 04 pontos;
b) casa com adultos experientes e com tempo disponível para dedicar ao cão: prevalência de 3 e 2 pontos;
c) guarda restrita ao uso profissional: prevalência de 2 e 1 pontos. Leigos que ficam com esses cães estão muito sujeitos a provocar acidentes.
Casos especiais: a pontuação 5 no teste Barulho Forte está bastante relacionada à timidez e medo – o melhor para esse cão é um lar calmo e silencioso. Não reagir de forma alguma ao som pode indicar surdez.
Um filhote com muitos 6 e 1, além de independente (ver prevalecem 6 pontos), pode ser mordedor e, se tiver pontuações 5, pode ter pânico de pessoas.
Pontuação 5 nos testes Pressão na Pata e Barulho Forte: indicam um cão que pode se apavorar facilmente e morder por medo em situações estressantes.

DOS FILHOTES




Os filhotes nascem em intervalos irregulares, à distância de poucos minutos como de uma hora. Nas Primeiras semanas são cegos e surdos, porém têm o tato bem desenvolvido, por meio do qual se orientam para procurar o mamilo materno. A maturação sensorial e motora ocorre na terceira semana. Enfim os filhotes estão em pé, tentam seguir a mãe, o desenvolvimento da vista e do ouvido lhes permite iniciar os primeiros contatos com o mundo externo. Desde a idade de um mês até a desmama, o filhote passará por experiências determinantes para sua existência. Brinca, explora o terreno ao redor, cresce mentalmente.
O filhote deverá ser separado da mãe entre a sexta e a oitava semana. O período de aleitamento deveria durar dois meses, mas pode ser reduzido também para 40-45 dias. A mãe, todavia, cumpre o trabalho de desmama desde quando os dentes de leite dos pequenos venham a ferir-lhe os mamilos. Diminuirá assim o número das mamadas e começará a lição de lamber (comer) o que lhe serão dados na tigela pelo dono. O cãozinho assim se habituará aos poucos a tomar sempre menos leite materno e a experimentar o alimento dos adultos.



SAÚDE

Vacinação

Para garantir a prevenção das principais doenças dos cães é muito importante seguir um esquema de vacinação recomendado pelo médico veterinário que lhe orientará quando for fazer a consulta com o filhote. Somente este profissional está capacitado para planejar e acompanhar um correto programa de vacinação de acordo com cada caso, realizar um exame completo, necessário antes da vacinação, e assegurar que tenham sido utilizadas vacinas de boa qualidade e boa procedência, conservadas de modo correto, bem com o uso de seringas e agulhas estéreis e boas práticas de assepsia na aplicação da vacina.
Os protocolos de vacinação são descritos por diversos clínicos, sendo que muitos deles adotam a primeira vacinação a partir do 45º dia de vida, com a administração das vacinas V8 ou V10 (vacina contra cinomose, hepatite, adenovírus tipo 2, parainfluenza, parvovirose, coronavírus e leptospirose) e reforços com 30 e 60 dias após a primeira vacinação.
A vacinação contra a raiva pode ser feita com aproximadamente 4 meses de idade.
Vale ressaltar que os filhotes não devem ser expostos a lugares com grande fluxo de pessoas ou animais antes de 15 dias após a aplicação da última dose vacina, pois podem ainda não ter desenvolvido a devida imunidade.
Após a vacinação, a animal pode apresentar algumas reações, tais como: febre, dores musculares, pequenos nódulos ou dores no local da aplicação, que tendem a ser passageiras. Alguns animais podem apresentar reações alérgicas às vacinas, por isto é necessário que toda vacinação seja feita sob orientação de um médico veterinário.
Os níveis de imunidade contra as principais doenças são mantidos nos cães adultos com revacinação anual.

Verminose

O combate à verminose é talvez a principal preocupação que se deve ter com os cães. A grande maioria dos filhotes já nasce com uma quantidade menor ou maior de vermes, pois a cadela os transmite através da placenta e do leite.
A primeira vermifugação pode ser feita, com orientação do médico veterinário, já a partir dos 28 dias de idade, podendo ser repetida uma vez ao mês até os seis meses de idade e a partir daí, a cada três, quatro ou seis meses, dependendo do ambiente onde o animal vive e da recomendação do médico veterinário.
Para evitar a transmissão de vermes da cadela gestante para os filhotes, deve-se vermifugá-la antes da cobertura, ou então a partir do quadragésimo quinto dia de gestação. No terço inicial da gestação, quando os filhotes estão sendo formados, não se recomenda a vermifugação da cadela.
É importante uma rigorosa higiene do ambiente onde o filhote permanece, bem como do local destinado como "banheiro" do filhote, com desinfetantes de boa qualidade e baixa toxicidade para que se evite a reinfestação do cão pelos ovos dos vermes que são eliminados através das fezes, bem como a ocorrência de zoonoses (doenças transmitidas aos humanos através dos ovos de vermes dos cães).
A escolha de um bom vermífugo é o primeiro passo para um bom controle das verminoses. Algumas formulações combatem vermes redondos, chatos e são ovicidas para uso em cães adultos e filhotes a partir de 28 dias de idade.
Para a desinfecção do ambiente, produtos a base de amônia quaternária é o ideal, pois apresenta alta capacidade de limpeza e desinfecção, dispensa o uso de outros produtos como detergentes, apresenta baixíssima toxicidade, combate mal odores e deixa o ambiente agradavelmente perfumado, além de ser altamente concentrado e proporcionar maior economia.

Banhos

Os cães necessitam de banhos semanais ou quinzenais, dependendo da raça, tipo de pelagem e local onde vivem. Banhos em excesso devem ser evitados, pois fazem com que os pêlos percam a sua oleosidade e sua proteção natural, tornando-se sem brilho e opacos. A freqüência dos banhos pode ser diminuída através de uma alimentação balanceada e da escovação diária dos pêlos.
A data exata para o início dos banhos é muito discutida, sendo importante a orientação do médico veterinário. Geralmente, recomenda-se o primeiro banho dos cãezinhos a partir de2 a 3 meses de idade. O primeiro banho deve ser agradável e pouco traumático, em um local seguro e confortável para o filhote, livre de correntes de ar.
O banho deve ser dado com água morna, devendo-se evitar a água quente, que resseca os pêlos e tira o brilho, além de não ser saudável para a pele. Os ouvidos devem ser protegidos com algodão seco.
Deve-se utilizar shampoos e sabonetes próprios para cães e não produtos da linha humana, pois a pele e os pêlos dos cães apresentam características próprias e necessitam de produtos diferenciados, com pH, capacidade de hidratação e limpeza adequadas. Para se escolher um produto ideal, deve ser levado e consideração o tipo de pelagem do animal.
Depois do banho, o cão deve ser bem seco, com toalha ou secador de cabelos e enquanto isto, protegido do vento e correntes de ar, para que o animal não corra o risco de ficar doente (gripes fortes ou pneumonias).
Os banhos não são recomendados em dia de vacinação, nem nos quinze dias que precedem a vacinação, pois podem acentuar uma possível queda de resistência do animal.

REPRODUÇÃO




A ocorrência do primeiro cio das cadelas varia de acordo com a raça, com a individualidade de cada fêmea e até com o clima da região onde a fêmea vive; podendo ocorrer dos 6 meses até os 18 meses de idade. Na grande maioria das vezes ocorre entre os 8 e 12 meses.
O cio da cadela dura de15 a 20 dias e é acompanhado pelo inchaço da vulva e secreção vaginal sanguinolenta. Algumas cadelas apresentam secreção mais abundante e outras apresentam uma secreção mais discreta, sendo possível que o cio não seja tão evidente em algumas fêmeas. O melhor período do cio para acasalar a fêmea também é um pouco variável, sendo, geralmente, do 8° ao 15° dias para as raças de pequeno porte e do 11° ao 15° dias para as raças de grande porte. Este período é caracterizado por uma redução considerável no sangramento e as fêmeas tornam-se mais receptivas aos machos. Na maioria das vezes, um acasalamento apenas é o suficiente para que a fêmea engravide, mas em geral, três coberturas asseguram uma boa fertilização e conseqüente gestação.
Não é aconselhável cruzar a cadela nos dois primeiros cios, pois apesar de apta a engravidar, seu organismo ainda não atingiu a maturidade e pleno desenvolvimento. Também não é aconselhável cruzá-la seguidamente, devendo-se deixar pelo menos um cio de descanso entre um acasalamento e outro. Isto garantirá a saúde da cadela e a obtenção de uma ninhada sempre saudável. Após os cinco anos de idade a gestação da cadela começa a ser mais delicada, sendo desaconselhado que ela tenha sua primeira ninhada com mais de quatro anos de idade.
A confirmação da gravidez pode ser feita a partir do trigésimo dia, através de exame de palpação realizado por um médico veterinário.
O tempo de gestação da cadela é em torno de 58 a 62 dias. Nesta fase, ela deverá levar uma vida normal, respeitando-se os momentos de repouso que ela mesma estabelecerá com o decorrer da gestação. No terço final da gestação a cadela diminui bastante o seu ritmo, mas caminhadas curtas diariamente farão bem para ela.
De modo geral a cadela poderá tomar banhos durante a gestação, devendo-se evitá-los apenas nos últimos dez ou quinze dias antes da data prevista para o parto. Nas raças de pêlos longos, aconselham-se fazer uma tosa higiênica uns cinco dias antes do parto para auxiliar na limpeza da cadela, que se suja bastante durante o mesmo.
A alimentação da cadela deve ser diferenciada, com a introdução de uma ração própria para filhotes pelo menos durante o último mês de gestação e durante o período de amamentação.
Os machos atingem a maturidade sexual entre os seis e oito meses de idade, estando aptos para acasalar com um ano ou um ano e meio.





PADRÃO



Há muitas raças caninas que a exemplo do American Pit Bull Terrier não são reconhecidas pelas três principais entidades cinófilas do mundo, a Federação Cinológica Internacional (FCI), o American Kennel Club (AKC) e o britânico The Kennel Club (TKC).
Quando um cão é reconhecido por uma entidade de grande peso, que adota um padrão específico para cada raça por ela aceita e impõe como regra que todos seus países filiados o sigam, a criação mundial tem maiores chances de evoluir de maneira organizada e unificada. Afinal, todos trabalham tendo como objetivo um único padrão, um mesmo cão ideal.
No caso do Pit Bull, que não é reconhecido pelas principais entidades cinófilas, os criadores adotam padrões de órgãos cinófilos menos influentes.
Hoje o padrão em vigor no País é o do United Kennel Club (UKC).
AMERICAN PIT BULL TERRIER
País de origem: Estados Unidos da América
Nome no país de origem: American Pit Bull Terrier
Utilização: Companhia e guarda
Prova de trabalho: Não regulamentada
HISTÓRIA: no decorrer do século XIX, criadores na Inglaterra, Irlanda e Escócia começaram experimentos com cruzamentos entre Buldogues e Terriers à procura de um cão que combinasse a esportividade do Terrier com a resistência e atleticidade do Buldogue. O resultado disso foi um cão que reunia em si todas as virtudes dos grandes guerreiros: resistência, coragem indomável e gentileza com os que amam.
Os emigrantes levaram estas cruzas de Bulls e Terriers para os Estados Unidos. Os talentos diversos não passaram despercebidos pelos fazendeiros e rancheiros que passaram a usar os American Pit Bull Terriers para proteção ou como cães que recuperavam o gado semi-selvagem e os porcos, ajudante nas caçadas, pastores e como cães de companhia de suas famílias. Atualmente o American Pit Bull Terrier continua demonstrando sua versatilidade, participando com sucesso em campeonatos de Obediência, Faro, Agility, Proteção e Tração, além da conformação.
APARÊNCIA GERAL: o American Pit Bull Terrier é um cão de porte médio, de constituição sólida, pelagem curta, com uma musculatura bem definida. Esta raça é poderosa e atlética. O corpo é levemente mais longo que alto, sendo que as fêmeas podem ser algo mais longas que os machos. O comprimento das pernas dianteiras (medidas da ponta do cotovelo ao chão) é aproximadamente igual à metade da altura do cão a partir da cernelha. A cabeça é de comprimento médio, com o crânio chato e o focinho largo e profundo. As orelhas são de tamanho pequeno para médio, inseridas altas e podem ser naturais ou cortadas. A cauda relativamente curta é inserida baixa, grossa na base e afilando em direção à ponta. O American Pit Bull Terrier se apresenta em todas as cores e marcações. A raça combina resistência e atleticidade com graça e agilidade e nunca deve ter aparência desajeitada, com musculatura saliente, ossos finos ou pernalta.

CARACTERÍSTICAS: as características essenciais do American Pit Bull Terrier são a força, a autoconfiança e a alegria de viver. A raça gosta de agradar e é cheia de entusiasmo. É um excelente cão de companhia e é notável o seu amor por crianças.
Pelo fato de a maioria dos American Pit Bull Terriers apresentar certo nível de agressividade contra outros cães, bem como pelo fato de seu físico ser poderoso, a raça necessita de proprietários que os sociabilizem cuidadosamente e que treinem obediência aos seus cães. A agilidade da raça torna-o um dos mais capazes escaladores e com freqüência usa seus caninos para escalar uma cerca. O American Pit Bull Terrier não é a melhor escolha para os que procuram cães de guarda por ser extremamente amigável mesmo com desconhecidos. Comportamento agressivo para com o ser humano não é característico da raça, portanto isso é extremamente indesejável. A raça se sai muito bem em eventos performáticos por seu alto grau de inteligência e sua vontade de trabalhar.
O American Pit Bull Terrier sempre foi capaz de executar uma grande variedade de trabalhos, portanto, exageros ou faltas devem ser penalizados na proporção do quanto puderem interferir na versatilidade do cão.
CABEÇA: é singular e é um elemento chave quanto ao tipo da raça. A cabeça é grande e larga, oferecendo uma impressão de grande poder, mas não deve ser desproporcional ao tamanho do corpo. Vista de frente, a cabeça tem o formato de uma cunha rústica e larga. Quando vistos de perfil, o crânio e o focinho são paralelos entre si, unidos por um stop bem definido e moderadamente fundo. Os arcos supra-orbitais sobre os olhos são bem definidos, mas não pronunciados. A cabeça é bem cinzelada, unindo resistência, elegância e caráter.
CRÂNIO: largo, plano ou levemente arredondado, profundo e largo entre as orelhas. Visto de cima, o crânio vai afilando levemente em direção ao stop. Existe um sulco mediano profundo que vai diminuindo de profundidade do stop ao occipital. Os músculos das bochechas são proeminentes, sem presença de rugas. Quando o cão está se concentrando, formam-se rugas na sua testa, o que oferece ao American Pit Bull Terrier uma expressão singular.
FOCINHO: largo, profundo, com um afilamento muito suave indo do stop para o nariz com uma ligeira separação debaixo dos olhos. O focinho é mais curto do que o comprimento do crânio, com uma proporção de aproximadamente 2 para 3.
O dorso do focinho é reto. A mandíbula é bem desenvolvida, larga e profunda. Os lábios são secos e bem ajustados.
Faltas: focinho pontudo; comissuras labiais pendentes; mandíbula fraca.
DENTES: tem a dentição completa, com dentes bem nivelados e brancos, encontrando-se numa mordedura em tesoura.
Falta: mordedura em torquês.
Faltas graves: mordedura com prognatismo ou enognatismo; mandíbula torcida; falta de dente (isso não se aplica a um dente perdido ou removido por um veterinário).
TRUFA: é grande, com narinas largas e bem abertas, podendo ser de qualquer cor.
OLHOS: são de tamanho médio, redondos ou amendoados, inseridos bem afastados entre si, profundos no crânio. Todas as cores são igualmente aceitáveis, exceto o azul.
Olhos azuis são falta séria. A terceira pálpebra não deve ser aparente.
Faltas graves: olhos esbugalhados; olhos de cores diferentes; olhos azuis.
ORELHAS: são inseridas altas e podem ou não ser operadas, sem preferência. Se forem deixadas ao natural, semi-eretas ou em rosa são preferíveis. Orelhas pontiagudas, achatadas (deitadas) no crânio ou largas não são desejáveis.
PESCOÇO: de comprimento moderado e musculoso. Apresenta uma ligeira curvatura ou arco na crista. O pescoço vai alargando gradualmente conforme vai descendo do crânio até o ponto em que se junta com os ombros bem angulados. A pele no pescoço é bem ajustada, sem pele solta formando barbela.
Faltas: pescoço muito curto ou grosso; fino ou fraco; barbelas.
ANTERIORES: as escápulas são longas, largas, musculosas e bem inclinadas. O úmero é quase igual ao comprimento da escápula com a qual se une em um aparente ângulo reto. As pernas dianteiras são fortes e musculosas. Os cotovelos ajustam-se bem ao corpo. Vistas de frente, as pernas dianteiras colocam-se moderadamente afastadas e perpendiculares ao solo. Os metacarpos são curtos, poderosos, retos e flexíveis. Quando vistos de perfil, os metacarpos parecem quase na vertical.
Faltas: ombros retos ou sobrecarregados; cotovelos virados para fora ou para dentro. Metacarpos cedidos; pernas dianteiras arqueadas. Metacarpos virados para fora. Pisada virada para dentro ou para fora.
CORPO: o peito é profundo, cheio e moderadamente largo, com bastante espaço para acomodar o coração e os pulmões, porém o peito jamais deve ser mais largo do que profundo. O antepeito não se estende muito além da ponta do ombro. As costelas se estendem bem para trás e partindo da espinha dorsal apresentam um bom arqueamento, afilando, até formarem um corpo fundo estendendo-se até os cotovelos. O dorso é forte e firme. A linha superior é levemente descendente da cernelha até a garupa larga, musculosa e nivelada. O lombo é curto, musculoso, arqueando levemente em direção ao topo da garupa, porém é mais estreito do que a caixa torácica e apresenta um moderado recolhimento do estômago (tuck-up).
POSTERIORES: os posteriores são fortes, musculosos e moderadamente largos. Nas laterais da cauda, a coxa é bem cheia e profunda a partir da pélvis até o escroto.
A angulação dos ossos e a musculatura dos posteriores devem estar em harmonia com os anteriores. As coxas são bem desenvolvidas, com músculos espessos e bem definidos. Vistos de perfil, os jarretes são bem angulados e os membros posteriores devem apresentar boa angulação e devem ser perpendiculares ao solo. Vistos por trás, os jarretes são retos e paralelos entre si.
PATAS: são redondas, devem estar em proporção com o tamanho do cão, e devem ser bem arqueadas e ajustadas. As almofadas são duras, resistentes e bem acolchoadas. Os ergôs podem ser removidos.
Falta: patas espalmadas.
CAUDA: está inserida numa extensão natural da linha superior e vai se afilando para a ponta. Quando o cão está relaxado, a cauda é portada baixa e chega quase à ponta do jarrete. Quando o cão se movimenta, a cauda fica portada em nível com a linha superior.
Quando o cão está excitado, pode portar a cauda levantada em posição ereta (denominada: cauda de desafio), porém jamais a cauda deve ser portada curvada sobre o dorso (denominada: cauda alegre).
Falta: cauda longa (a ponta da cauda ultrapassando a ponta do jarrete).
Faltas graves: cauda alegre (não deve ser confundida com a cauda de desafio). Cauda apresentando dobra ou quebrada.
Desqualificação: cauda cortada.
PELAGEM: brilhante e lisa, deitada no corpo e moderadamente áspera ao toque.
Faltas: pelagem crespa, ondulada ou rala.
Desqualificação: pêlo longo.
COR: qualquer cor ou distribuição de cores, bem como qualquer combinação de cores são aceitas.
ALTURA / PESO: o American Pit Bull Terrier deve ser tanto poderoso quanto ágil, portanto o seu peso e sua altura são menos importantes do que a correta proporção entre altura e peso. O peso desejável de um macho adulto em boas condições oscila entre 35 e60 pounds ( 15,87 e 27,21 kg). O peso desejável para a fêmea madura, em boas condições, oscila entre 30 e 50 pounds (13,60 e 22,67 kg). Cães acima dos pesos mencionados não devem ser penalizados a não ser que sejam desproporcionalmente musculosos ou pernaltas.
MOVIMENTAÇÃO: movimenta-se com uma atitude confiante e vivaz, oferecendo a impressão de que espera a qualquer minuto ver algo novo e excitante. Quando trota, sua movimentação não demonstra esforço, é suave, poderosa e bem coordenada, mostrando bom alcance dos anteriores e boa propulsão dos posteriores.
Em movimentação, o dorso permanece nivelado, apresentando apenas uma leve flexão que indica elasticidade. Vistos de qualquer lado, as pernas não se viram nem para dentro nem para fora e os pés não se cruzam nem interferem entre si. Conforme aumenta a velocidade, os pés tendem a convergir em direção ao centro da linha de balanço.
Faltas: pernas que não se movem no mesmo plano; pernas com superalcance; cruzar as pernas anteriores ou posteriores; pernas se movendo muito juntas ou se tocando; movimentação bamboleante; passo saltitante; andar em lateral; ação em hackney; movimentação com dificuldade.
DESQUALIFICAÇÕES
Criptorquidismo ou monorquidismo.
Agressividade ou extrema timidez.
Surdez unilateral ou bilateral.
Cauda cortada ou ausência de cauda.
Albinismo.
NOTA: apesar de algum nível de agressividade ser característico da raça, a United Kennel Club espera que os apresentadores cumpram os regulamentos que visam ao policiamento do temperamento do cão nos eventos promovidos pela entidade.
ESCALA DE PONTO
Aparência geral, personalidade, obediência ................ 20
Cabeça, focinho, olhos, orelhas ................................. 25
Pescoço, ombros e peito............................................. 15
Corpo ......................................................................... 15
Pernas e patas............................................................. 15
Cauda, pelagem e cor ................................................. 10
Total........................................................................... 100
NOTAS:
os machos devem apresentar os dois testículos, de aparência normal, bem descidos e acomodados na bolsa escrotal.
todo cão que apresentar qualquer sinal de anomalia física ou de comportamento deve ser desqualificado.

PEDIGREE



A palavra Pedigree originou-se do francês antigo “pied de grue”: pied do latim pes (pés) e grue do latim grus (Grou – pássaro da família Gruidae; a mesma família da Siriema e da Saracura).
O primeiro registro da palavra Pedigree, na língua inglesa, data de 1410 com a grafia “pedegrue” ou “pedicru”. Inicialmente era usada apenas para definir a geneologia de seres humanos e a partir de 1608 começou a ser utilizada para registrar a linhagem de animais.
O termo pied de grue (pé do Grou, em português) foi associado à genealogia devido à semelhança do pé desta ave com o grafismo (/l\) utilizado pelos genealogistas para representar um registro de ancestralidades nos livros de linhagem.
O Pedigree é o documento oficial que atesta a origem e a pureza racial do animal. Nesse documento registra-se dados como o nome, os títulos, a data de nascimento, a raça, a cor do animal, e assim por diante. Estas informações remontam a gerações anteriores à do animal titular conforme as regras das entidades a que se obtém o registro.
Com emissão de Pedigrees as entidades resguardam o trabalho de desenvolvimento e aprimoramento das raças, efetuado pelos criadores filiados, visto que além de garantir a pureza da raça, a qualidade do animal e o repasse da carga genética para os descendentes, o Pedigree também inibe, ou tenta inibir, possíveis fraudes na criação.
Em suma, Pedigree é um certificado de registro, emitido por órgão cinófilo, ao qual o criador deve ser filiado para emitir o pedigree. O pedigree contém a árvore genealógica de um animal (pais, avós e bisavós), títulos conquistados pelo animal e sua raça.
Há muitas raças caninas que a exemplo do American Pit Bull Terrier não são reconhecidas pelas três principais entidades cinófilas do mundo, a Federação Cinológica Internacional (FCI), o American Kennel Club (AKC) e o britânico The Kennel Club (TKC).
Quando um cão é reconhecido por uma entidade de grande peso, que adota um padrão específico para cada raça por ela aceita e impõe como regra que todos seus países filiados o sigam, a criação mundial tem maiores chances de evoluir de maneira organizada e unificada. Afinal, todos trabalham tendo como objetivo um único padrão, um mesmo cão ideal.
No caso do Pit Bull, que não é reconhecido pelas principais entidades cinófilas, os criadores adotam padrões de órgãos cinófilos menos influentes. No Brasil o padrão adotado para o APTB é o estipulado pelo UKC.
Algumas entidades cinófilas:
ACB - Associação Cinológica do Brasil, confederação de clubes dissidentes da CBKC.
AKC - American Kennel Club (Kennel clube americano), entidade cinófila dominante nos E.U.A. É um dos dois órgãos maiores da cinofilia. Possui próprios padrões das raças, que são usados pelas confederações filiadas.
CBKC - Confederação Brasileira de Cinofilia, filiada à FCI, tem sede no Rio de Janeiro, e o mais influente no Brasil.
FCI - Federation Cynologique Internationale (Federação Cinológica Internacional), um dos dois orgãos maiores na cinofilia, tem sede em Thuin, na Bélgica. Utiliza os padrões de raça do país de origem do animal.
SOBRACI – Sociedade Brasileira de Cinofilia. Associação de clubes dissidentes a CBKC. Clube eclético com finalidade voltada ao fomento da cinofilia. Atualmente é uma das que mais cresce no país.

CLASSIFICAÇÕES CANINAS


As primeiras enumerações de raças remontam a Aristóteles, no mundo greco-romano, que classificava os cães de acordo com sua formação física (grandes e pequenos).
Em 1576, Caio escreve o Trattato Delle Razze Canine (Tratado de raça canina).
Uma outra classificação, surge no ano de 1775,feita por Buffon, que ordena 30 raças segundo a forma e o porte das orelhas: eretas, semi-eretas e tombadas.
Sessenta anos depois (1815), Cuvier (criador da anatomia comparada) estabelecia uma classificação baseada na conformação do cérebro.
Um inglês, chamado Hugh Dalziel, um cinólogo menos ligado a anatomia e mais prático, simplificava a classificação canina como: de caça, de utilidade e caseiro.
Na metade do século XIX, Pierre Mégnin, classificou os cães em quatro tipos: Lupo, Braço, Molosso e Lebreiro.
A partir de 1952, os cinólogos se inspiraram ao sistema de Mégnin, adaptando-os as condições atuais dividindo-o em 06 (seis) tipos:
MOLOSSÓIDES (cães do tipo molosso)
LUPÓIDES (cães do tipo lobo)
LEBREIRÓIDES (cães do tipo lebreiro ou galgo)
BRACÓIDES (cães do tipo braco)
VULPINÓIDES (cães do tipo vulpino)
BASSETÓIDES (cães do tipo bassê)
As características fundamentais dos 06 tipos são:
Molossóides (cães do tipo molosso)
Cabeça maciça, redonda ou em cubo, focinho em geral curto, lábios espessos e longos, stop considerável, corpo maciço, freqüentemente gigantesco.
a) porte grande (além de65 cm) - Dogue alemão, São Bernardo, Mastim napolitano...
b) porte médio (entre 50 e 65 cm) - Rottweiler, Boxer, Old english sheepdog...
c) porte pequeno (entre 35 e 50 cm) - Boston terrier, Buldogue inglês....
d) anão (abaixo de 35 cm) - Pug, Griffon de Bruxelas..
Lupóides (cães do tipo lobo)
Cabeça lembrando uma pirâmide horizontal, focinho alongado e estreito, lábios delgados e bem aderentes, orelhas geralmente eretas, stop pouco acentuado, corpo bem proporcional e ágil.
a) porte médio (50 – 60 cm de altura) - Collie, Pastor alemão, Dobermann.....
b) porte pequeno (35 – 50 cm) - Fox terrier, Irish terrier, Basenji....
c) porte anão (abaixo de 35 cm) - Pinsher, Chihuahua...
Lebreiróides (cães do tipo lebreiro ou galgo)
Cabeça com forma de cone alongado, crânio estreito, orelhas pequenas e caindo para trás, às vezes eretas, focinho longo e afilado, mas potente, stop quase inexistente, nariz pronunciado sobre a boca, lábios delgados e aderentes, corpo arqueado com membros afilados e ventre bem reentrante.
a) porte grande (acima de 65 cm) - Wolfhound Irlandês, Greyhound....
b) porte médio (50 – 65 cm) - Galgo Espanho, Whippet.....
c) porte pequeno (35 – 50 cm) - Greyhound Italiano
d) anão (abaixo de 35 cm) - Chinese Crested dog
Bracóides (cães do tipo braco)
Cabeça próxima da forma prismática, com focinho quase tão largo na base quanto na extremidade, orelhas grandes e tombadas, lábios longos e pendentes, stop pronunciado, corpo robusto.
a) porte médio (50 – 60 cm) - Braco italiano, Weimaraner, Poodle, Beagle...
b) porte pequeno (35 – 50 cm) - Cocker spaniel inglês, Sabujo italiano...
c) anão – Spaniel bretão
Vulpinóides (cães do tipo vulpino)
Pêlos geralmente longos, cauda retorcida sobre o dorso, cabeça tipo lupóide, mas com crânio mais largo e focinho mais delgado, lembrando uma raposa, orelhas pequenas e eretas, corpo curto e compacto.
a) porte médio (50 – 60 cm) - Samoieda, Chow chow, Elkhound norueguês....
b) porte pequeno (35 – 50 cm) - Esquimó, Keeshond
c) anão (menos de 35 cm) - Maltês, Yokshire terrier, Pomerânia...
Bassetóides (cães do tipo bassê)
Pernas desproporcionalmente pequenas em relação ao corpo, com patas tortas (pequinês) ou eretas (welsh corgi), o tipo bassetóide pode fixar-se (por raquitismo ou mau formação) em qualquer tipo.
a) anão - Dachshund, Bassethound, Pequenês
GRUPOS DAS RAÇAS
As raças caninas foram divididas em grupos de cães que realizam o mesmo tipo de trabalho ou que tenham a mesma semelhança física, a fim de que os cinófilos pudessem ter mecanismos facilitados para julgamento da estrutura e dinâmica dos exemplares de cães apresentados em exposições de beleza e fundamentalmente, organizar aquelas raças que, com particularidades e utilidades similares, fossem facilmente identificadas pela sua função.
No Brasil, as entidades cinófilas oficiais, dividem as raças em sete, dez e onze grupos.
As três entidades cinófilas oficiais hoje em funcionamento no Brasil são:
CBKC - Confederação Brasileira de Cinofilia - entidade filiada à FCI - Federação Cinólógica Internacional,
ACB - Associação Cinológica do Brasil e
SOBRACI - Sociedade Brasileira de Cinofilia;
estas duas últimas são entidades independentes não estando diretamente ligadas a nenhuma organização internacional porém, acatando preceitos cinológicos reconhecidos mundialmente.
A FCI - Federação Cinológica Internacional, organizou as raças em dez grupos. Dado a popularização de raças como o Pastor Alemão Branco e o American Pit Bull Terrier, raças ainda não reconhecidas por esta entidade internacional, fez com que a CBKC criasse um décimo-primeiro grupo para agrupar estas raças largamente criadas e desenvolvidas no Brasil.
Exceção a regra, a ACB, e a SOBRACI dividem as raças em sete grupos, modelo de divisão praticado pelo AKC - American Kennel Club, dos Estados Unidos.